Autor: Ransom Riggs
Editora: Leya
Páginas: 336
Avaliação:
Jacob Portman, um jovem de 16 anos, cresceu ouvindo histórias de seu avô Abraham. Abraham, lhe mostrou fotos, contou tudo sobre o orfanato que residia, onde foi criando com crianças e seus dons um tanto incomuns. Diferente das outras pessoas que acreditava que o senhor de idade já não estava muito bem mentalmente, Jacob sempre se questionou se tudo que ele lhe relatava era verdade ou não.
Então, Jacob acaba entrando em conflito com suas dúvidas, no momento que vê um ser que não consegue identificar fugindo após a trágica morte de Abraham. Intrigado, sua jornada se inicia quando ele e seu pai viajam para o local das histórias fantásticas aonde seu avô disse ter vivido um dia, uma ilha na costa do País de Gales, descobrindo assim as ruínas do Orfanato da Srta. Peregrine para Crianças Peculiares.
Diria que este livro se divide em duas partes, a primeira a motivação de Jacob por encontrar e decifrar fatos que podem ter levado a morte de seu avó, agindo impulsivamente pelo amor que sentia pelo mesmo e a segunda é apenas a curiosidade de Jacob em embarcar e se aprofundar das histórias que Abraham um dia vivenciou. É perceptível a divisão pois o livro tem inicio empolgante, um meio interessante porém morno, e seu final é compreensível mas não surpreende.
Apesar do primeiro livro ter esse desequilíbrio, ainda sim vou ler a sequência pois a história de modo geral é boa. Acredito que a mudança de propósito (vim pelo meu avó, mas ficarei por mim) acabou gerando um desconforto ao final da leitura. A decisão final de Jacob é tão repentina que fiquei pensando: " É tão fácil abandonar sua antiga vida assim, por pessoas que acabou de conhecer?" Como disse anteriormente foi estranho mas compreensível pelo fato de Jacob ter descoberto fazer parte desse universo da mesma maneira que seu avó fazia, ele quer ter a oportunidade de conhecer melhor este novo mundo que lhe é mostrado.
Porque vou continuar a ler a trilogia? Gostei muito dos elementos e a maneira inteligente como os pontos são "amarrados" na narrativa. Há fendas temporais, e crianças que não são de fato crianças presas em uma realidade alternativa, algumas deles estão bem mas outras sofrem com o isolamento e procuraram se libertar. No passado algumas delas acabam condenadas por visões erradas e objetivos que as transformaram. Não existe apenas seres peculiares, lemos sobre outros seres como etéreos ( peculiares que buscaram a imortalidade e tornaram-se monstros) e acólitos (etéreos evoluídos que fingem ser humanos para procurar peculiares como fonte de alimento para os monstros) que são apenas apresentados a história e com certeza terão melhor explicação nos dois últimos livros (pelo menos assim espero). Também gostei muito, como as imagens foram colocadas, sempre se relacionando diretamente com as falas do personagens, foi algo que foge dos padrões e deu leveza para um livro que tem enredo assustador. Então mesmo que o final não tenha me agradado, acredito que o restante do conteúdo do livro "O Orfanato da Srta. Peregrine Para Crianças Peculiares" deixou-me curiosa por mais. Enfim, espero que Cidade dos Etéreos me surpreenda, sendo menos previsível.
Oi K!
ResponderExcluirEu assisti ao filme, não li nada pois não me chamou a atenção. É tão xarope quando a trama se perde, né? Tomara que os outros sejam melhores e te surpreendam!
Beijoooo
Ouvi dizer que o filme é totalmente diferente do livro, ainda não assistir mas farei isso em breve para comentar aqui no blog.
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