sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Curiosidades | Minhas leituras de Janeiro


Hora de retornar aos velhos hábitos! 

O mês de Janeiro foi um mês de recomeço em relação ao mundo literário. Isso porque decidi que dedicaria mais tempo ao blog este ano e consequentemente as minhas leituras que estavam em um ritmo bem lento no ano passado. Em 2018 li apenas 17 livros, sendo o ano que li menos comparado aos demais. Então, algo precisava mudar! Agora, estou usando um planner para organizar minhas leituras e lendo livros digitais com meu novo companheiro, o Kindle. Em breve faço uma notinha sobre minha experiência com esse leitor digital para vocês, mas vamos ao que interessa, as leituras de Janeiro! 

Finalmente sai da minha zona de conforto e padrão de duas leituras mensais. Escolhi quatro livros diversos e intrigantes. O primeiro foi "Ordem de Extermínio" da série Maze Runner escrito pelo autor James Dashner, livro que a muito tempo namorava na minha estante mas só agora o li. O segundo foi o romance de Raiza Varella, "Caçadora de estrelas" que durante minhas buscas por livros digitais o encontrei e me encantei imediatamente. A terceira leitura foi "Deadfall"que após 4 tentativa enfim a consegui conclui-lo e o último escolhido foi "Caixa de Pássaros" de Josh Malerman, livro que foi adaptado pelo Netflix sendo um grande sucesso, o que me deixou bem curiosa. 

1. Ordem de Extermínio - James Dashner




Em Ordem de Extermínio há uma breve introdução sobre o exato momento que Thomas e Teresa são separados, para que o rapaz seja enviado a Clareira. Primeiramente parece que o autor está apenas usando fatos conhecidos para prender o leitor, mas se tem algo que aprendi é que em algumas histórias o prólogo tende a ser crucial para o desfecho da narrativa e esse é exatamente o caso deste livro. Ler este livro, fez com que me lembrasse o porque gostei de Dashner, quando li Correr e Morrer, ele é intenso, detalhista, faz o leitor sentir o peso de cada ação colocada na narrativa, lembrando-o que haverá uma consequência quando os humanos alteram através de meios inadequados o equilíbrio natural das coisas. Resumindo, James Dashner se assemelha muito com Suzanne Collins (escritora de Jogos Vorazes), ele faz o leitor sair no universo Maze Runner e pensar em seu próprio meio ambiente, usando a ficção para chegar em reflexões que vão além da história que criou, escritores assim, são admiráveis em minha opinião.

2. Caçadora de Estrelas - Raiza Varella




Como disse diversas vezes ao longo da leitura no meu histórico do skoob, sentia como se estivesse lendo um roteiro de uma novela. Isso porque, este livro adota uma dinâmica diferente, sendo imprevisível ao longo das páginas. Quando iniciei, lembro de ter pensado que estava lendo mais um romance clichê, que acaba decepcionando, trazendo coisas repetitivas já conhecidas. Porém mesmo que este livro a principio tenha elementos para isso, as reviravoltas fazem o leitor refletir sobre como o tempo é algo precioso em nossas vidas e como isso se aplica até mesmo no amor. Todos os personagens estão conectados de uma maneira muito profunda e dolorosa. Com grande carga emocional por conta de segredos e responsabilidades. Existindo reflexões referentes ao tempo que temos para viver ao lado de alguém e quanto tempo desperdiçamos quando não seguimos nossos sentimentos, o nosso coração. Gabriel e Eva me conquistaram, não apenas por sua cumplicidade, amizade, mas também por evoluírem um com outro diante das dificuldades. Gabriel nunca abandou Eva e quando ele mais precisa, Eva aprende a lição mais valiosa da sua vida, o amor muitas vezes exige sacrifícios. Este livro deixa a lição: O tempo é algo valioso, use-o com sabedoria. #Recomendo.

3. Deadfall - Anna Carey




Ufa! Após cinco tentativas, enfim li esse livro!
Para aqueles que leram minha resenha de Black bird, primeiro livro da duologia, disse que Deadfall só mereceria minhas cinco estrelas se preenchesse as lacunas que ficaram abertas, mantendo o ritmo eletrizante do volume um. Apesar de o livro possuir ambos, foi difícil embarcar na leitura de primeira, e agora que finalmente a fiz, fiquei decepcionada com seu final prematuro e repentino.
Em Deadfall, Sunny encontra Rafe, o rapaz de seus sonhos. De maneira quase natural seus instintos a fazem acreditar nele. Rafe demonstra preocupação,também fala os ocorridos da ilha e enfim diz o nome verdadeiro dela: Lena Marcus. Juntos eles seguem para Nova York, para encontrar outros alvos dessa caçada mortal. Sim, o livro explica todas as lacunas abertas com riqueza de detalhes. Quando a GAA é inserida da narrativa há um madurecimento muito rápido da personagem. Vemos o quanto ela é corajosa, ágil e inteligente e como a organização conseguiu trazer tantas pessoas para esta caçada. É empolgante, ver alvos unidos, sendo Lena o foco central do grupo. Neste sentido a autora consegue novamente entreter o leitor, gerando curiosidade. Apesar de gostar da duologia pelos elementos que foram apresentados, classifiquei este livro com três estrelas, porque o final não me agradou. Enfim, narrativa boa, mas com um final que deixa a desejar.

4. Caixa de Pássaros 




Reflita por um instante: Você está preso a um mundo onde enxergar é perigoso, que sair de casa é arriscado, que pessoas precisam se unir para ter uma porcentagem mínima para sobreviver. Batidas na porta são sinônimo de medo, assim como o canto dos pássaros é presságio de coisas ruins. Agora, os cobertores cobrem os vidros das janelas, as vendas são essências, os alimentos são itens raros e a esperança se perde um pouco a cada dia, ainda sim você continuaria fazendo o possível para viver? O qual drásticas seriam suas medidas para se adequar nesse novo mundo? Neste cenário caótico, Malorie narra os fatos entre acontecimentos do presente e do passado, mostrando em diferentes perspectivas como as criaturas influenciaram diretamente em sua condição de vida atual. Ao ler o subtítulo de Caixa de Pássaros "Não abra os olhos" me lembrei automaticamente da obra de José Saramago, "Ensaio sobre a cegueira" um livro que li na época da faculdade e gostei bastante. A princípio foi essa ligação que gerou minha curiosidade e assim embarquei nesta leitura. Porém, mesmo que esse livro siga uma narrativa similar no sentido pós-apocalíptico decorrente a uma situação que todos "perdem a visão", aqui todo o caos é ocasionado por criaturas que não podem serem vistas, as pessoas sabem como se precaver e a situação obriga os sobreviventes a manterem seus olhos fechados para que não sejam vítimas de si próprios após enlouquecerem completamente.Enfim, esse livro faz o leitor sentir na pele os sentimentos apresentados na narrativa, levando-o para dentro de um caminho enigmático em buscas de respostas que podem ou não serem respondidas até o final das páginas. Vale á pena conferir!

Espero que tenham gostado das minhas leituras de Janeiro. Até o próximo mês, leitores!

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