Autor: Ava Dellaira
Editora: Seguinte
Páginas: 344
Editora: Seguinte
Páginas: 344
Avaliação:
Tudo começa com uma atividade escolar: escrever uma carta para alguém que já morreu. Para Laurel essa tarefa não é algo fácil, já que recentemente perdeu sua melhor amiga, alguém que admirava e se espelhava, sua irmã mais velha May. Era uma lição para ser entregue, porém Laurel começa a escrever diversas cartas para artistas falecidos que representarão algo para May. Logo, as mesmas se tornam uma maneira de Laurel lidar com a perda de sua irmã e sua dor.
Ao iniciar essa leitura, tive a impressão de estar lendo um diário sem permissão. Laurel parece alguém solitária, com muitos segredos e muita dor em seu interior. Ela não está pronta para dividir com o mundo a sua volta seus sentimentos e quando recebe a tarefa de sua professora de inglês, ela encontra uma maneira de libertar suas emoções. Assim, cada carta tem um significado profundo, diz muito sobre o interior da personagem, conquistando pela simplicidade e intensidade. Apesar de ser ficção, a narrativa se trata de um assunto que poderia ser real, uma situação possível de ocorrer. O luto da personagem de Laurel expressa todo o misto de sensações de quando perdemos alguém querido em nossas vidas e nos sentimos sem chão. Não é fácil recomeçar, porém é preciso.
A cada carta, é possível acompanhar o desenvolvimento de Laurel neste difícil recomeço. Tudo lembra May. Sua saudade é imensa, assim como sua vontade de consertar as coisas. Laurel se sente responsável e isso a faz amadurecer, porém também a machuca mais. Encontrar um sentido para os fatos tornasse seu principal objetivo, e se reconectar a May é um grande conforto nesta missão.
Mesmo com uma narrativa leve, pois como disse acima lembra muito um diário, o livro também lida com assuntos sérios como suicídio, agressão e abuso sexual. Admito que o principal fator para eu ler esse livro foi o título, e fiquei bastante intrigada sobre o que esperar. Seria exatamente o que está no título ou teria muitas camadas escondidas a serem reveladas? Fiquei muito feliz em descobrir que possuía as duas coisas.
Carta de Amor aos Mortos, fala de luto, dor, perda, mas também descreve como a força das pessoas que o amam e o respeitam podem ajudá-lo a enfrentar situações difíceis que precisam ser contadas para serem superadas. O primeiro passo precisa ser dado, porque apenas assim saberá o que vem a seguir. Então, se fosse definir em uma palavra este livro seria: Superação. É preciso amar, para construir e também é preciso amor para superar. #Recomendo.
Confira vídeo abaixo:
Nenhum comentário:
Postar um comentário