sexta-feira, 1 de junho de 2018

Resenha | Darkson – O Pirata das Trevas – Marcos Perillo



Autor: Marcos Perillo
Editora: Talentos da Literatura Brasileira - Novo Século
Páginas: 104
Avaliação:
     


O sexto filho, do sexto neto, amaldiçoado ainda quando bebê por seu pai Heller, destinado a viver mais 33 anos e morrer como humano. E também a mostrar ao mundo uma previa do que seria viver nas mãos do diabo e seu filho, esse é Darkson. Como amuleto de proteção seu pai lhe deixa a preciosa espada Handless, a ceifadora de mãos e uma cicatriz em seu rosto que sangra todas as vezes que a mesma é saciada pela morte de sua vitima. Anos mais tarde, o navio pirata Last Voyage o encontra, tornando Darkson, o homem mais temido dos mares.

Uma história de piratas, maldições, drogas e prostituição. 
Darkson é uma leitura rápida e a princípio prende o leitor pelo enredo acima. O livro é bastante dinâmico, contém sexo, ação, e muitas lutas em alto mar. Porém alguns pontos acabam tirando o foco de seu personagem principal. Em alguns momentos isso é positivo, porém em outros não. Darkson é um protagonista que possui carisma e invade a trama com muita propriedade, o leitor se sente intrigado em saber como as cenas vão se desenvolver e até que ponto a maldição de seu pai vai afetar sua vida, sendo envolvente. Então, ele é duplamente amaldiçoado, e após este acontecimento a história perde um pouco de sua força. 

Outro ponto que deixou um pouco a desejar foi à relação de Darkson e suas prostitutas. No livro Rose é descrita como namorada, Jane como amante e Patty como conselheira/ irmã. O capítulo de apresentação delas tem muito de suas histórias pessoais, sendo possível diferenciar o tratamento do pirata com cada uma delas. Mas nas páginas seguintes o sentido se perde. Não conseguir ver uma diferenciação, parece que o pirata tem apenas um interesse carnal nas mulheres e nada mais. 

Quando Darkson é pela segunda vez amaldiçoado, deuses são incluídos na trama deixando-a empolgante. Podemos ver como as ações de Darkson o levaram a um ponto irreversível e como a maldição de seu pai apenas contribuiu para os seus atos de crueldade, fechando assim o primeiro arco da história. Porém com a segunda maldição, é natural esperar por um encerramento desse próximo arco também, já que assim foi no primeiro e isso não acontece. Ao final da leitura é perceptível que a intenção do escritor é prolongar a história para um próximo livro, e geralmente quando existe uma continuação, gerar curiosidade ao leitor é uma grande jogada. Mas o pirata Darkson termina com um destino incerto, e mesmo que o último capítulo tenha ligação a ele, parecia que faltava algo a mais. De modo geral, gostei muito de alguns pontos, porém, em outros ficou essa sensação de vazio, com lacunas a serem preenchidas, por essa razão qualifiquei este livro com três estrelas.             


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