sexta-feira, 7 de março de 2014

Citação do Livro "Dias de Sangue e Estrelas" (1)


Sabe aquele livro perfeito que se enquadra magicamente em seu estilo? Todo leitor tem dentro de sua grande ou pequena coleção, livros favoritos, inesquecíveis ou marcantes que deixam sempre um gostinho de quero mais! Criei este novo poste " Favoritos" o qual estarei postando citações dos meus livros prediletos marcando entre ( ) a ordem numérica de postagens existentes neste tópico.


Confira abaixo um dos melhores momentos da leitura de "Dias de Sangue e Estrelas".

Fascinante, Apaixonante, Envolvente e Mágico estas são as palavras que resumem este livro.


"Em breve todo o resto faria sentido. Em breve, Akiva perceberia o significado de tudo aquilo – o lugar, os quimeras, o que ela dissera; Uma coisa levaria à outra e o destruiria – em um estalo repentino e doloroso. Mas durante aqueles instantes, antes de respirar, o mundo pareceu silencioso e tão radiante, e Akiva só conseguia pensar em uma coisa, e a ela se agarrou, querendo viver para sempre naquele momento. Karou estava viva."


" Era uma vez um anjo e um demônio segurando um osso da sorte, que, ao ser partido, dividiu o mundo em dois."


" Ele revivia a todo momento o instante  da execução de Madrigal: o baque surdo de sua cabeça caindo e o retinir dos chifres batendo no chão e a impedindo de rolar para longe do cadafalso. E não era mais Madrigal, mas Karou, a protagonizar aquelas lembranças, a mesma alma em um corpo diferente e sem chifres para impedir que sua cabeça rolasse, apenas a improvável seda azul de seu cabelo. E embora seus olhos fossem agora negros em vez de castanhos, ficariam embotados da mesma forma, se revestiriam novamente do olhar pétreo dos mortos, e seria seu fim. De novo. De novo, e dessa vez para sempre, porque  não havia mais Brimstone para ressuscitá-la. Dali em diante, morte significava morte."  - Pág. 17


" Um dia ele já sentira vergonha de amar Madrigal, mas agora  era apenas a vergonha que o envergonhava. Amá-la tinha sido a única coisa pura que ele fizera na vida. - Será porque você é incapaz de amar? A intocável Liraz. Isso não é vida. É ser exatamente o que ele quer que sejamos. Soldadinhos de corda." - Pág. 25


" Ele ficou lá deitado, apenas olhando para as estrelas me respirando, permitindo-se, à  medida que o ar entrava e saía do seu corpo, sentir o peso da percepção de que estava vivo." - pág. 27



"  Sua alma ainda existia, mas, por culpa de Akiva, o ressurreicionista estava agora morto. Em um dos mais sombrios momentos da vida dele, a ironia da situação  o fez começar a rir  sem conseguir parar, e os sons  que saíam de sua  garganta, antes de finalmente se transformarem em  soluços, eram tão pouco alegres que poderiam ser uma inversão forçada do riso --  era  como se sua alma fosse puxada de dentro para fora e revelasse  sua face mais crua. " - Pág. 36


" Há intimidade na dor. Qualquer um que já confortou alguém que estivesse sofrendo sabe disso : a ternura impotente de quem consola, o abraço, os gemidos e o lento embalar, quando dois se tornam um contra o mesmo inimigo, a dor." - Pág. 65


" Era uma vez um anjo e um demônio que se apaixonaram e ousaram imaginar um novo modo de viver - sem massacres ou gargantas cortadas ou fogueiras feitas com os mortos, sem espectros  ou exércitos bastardos ou crianças arrancadas dos braços de suas mães para assumir seu lugar naquele ciclo  de matar ou morrer. 

  Uma vez, deitados no templo secreto da lua com seus corpos entrelaçados, os amantes sonharam com um mundo que era como uma caixa de joias sem as joias - um pássaro esperando que eles o encontrassem e o preenchessem com sua felicidade.
  Algo que este mundo jamais seria." - Pág. 73


" Almas mortas sonham apenas com morte - disse o ressurreicionista ao imperador. - Sonhos pequenos para homens pequenos. É a vida a única capaz de crescer e preencher mundos. Ou temos a vida como mestre, ou a morte. Olhe só para você. É senhor de cinzas, de restos carbonizados. Sua vitória o deixou imundo. Aproveite essa vitória, Joram, porque nunca vai conhecer outra. Você é senhor de uma terra de fantasmas, e nunca será mais que isso."  ( Akiva) - Pág. 79


" Desenhar sempre tinha sido sua forma de processar as coisas. Assim que passavam para o papel, tornavam-se propriedade sua, e assim Karou conseguia decidir que poder teriam sobre ela." - Pág. 109





" O que soava em sua mente era uma voz que ele ouvira uma única vez: É a vida a única capaz de crescer e preencher mundos. Ou temos a vida como mestre, ou a morte. Quando Brimstone dissera essas palavras, não significaram nada para Akiva. Agora ele entendia. Mas como pode um soldado mudar de mestre?" - Pág. 124




" Era uma vez uma época em que o céu viu a fúria de exércitos de anjos em movimento, e o fogo de suas asas fez o vento soprar em fúria infernal." - Pág. 151


" Os Ilegítimos não tinham direito de reivindicar a paternidade de Joram. Eles eram armas, e armas não tinham pai, nem mãe e, se uma espada pudesse reivindicar seu criador, seria o ferreiro, não a mina de onde fora retirado o metal de que era feita. É claro que isso não impedia Joram de se vangloriar do número de "armas" que tinha saído de sua "mina". Os intendentes mantinham um registro. Mais de três mil soldados bastardos nascidos no harém." - Pág. 159


" Viva sem ser notado, mate quem lhe ordenarem matar e morra no anonimato. Esse poderia ser o lema dos Ilegítimos, mas não. O verdadeiro era: Sangue é força." - Pág. 160


" Akiva olhou para o céu. Ainda estava escuro até onde a vista alcançava, mas ele imaginou sentir uma mudança no ar: uma alteração provocada pelo bater de muitas, muitas asas. Era ilusão, ou profecia, ou apenas temor. 
  Seria uma longa distância a percorrer naquela noite, um vasto território a cobrir, muitos quimeras a salvar. Nada de descanso para ele. O Domínio estava a caminho." - Pág. 162


" Sua vida como Karou de forma alguma a preparara para aquilo. Guerra era uma coisa sobre a qual se ouvia falar no noticiário, e ela nem mesmo assistia ao noticiário, era horrível demais. E se achava que Madrigal poderia ajudá-la, como se seu eu inteiro pudesse torná-la capaz de aceitar aquela feia realidade, estava enganada também. Por que Madrigal tinha feito o que fizera, conspirando com Akiva pela paz? Porque não tinha estômago para a guerra, mesmo fazendo parte de sua vida. Sempre fora uma sonhadora." - Pág. 169


" - Não acredito que a natureza pense em nós a não ser como um problema. Jael sorriu.
- A terra queima, as feras morrem, e as luas choram no céu ao ver isso.
- Cuidado - alertou Akiva, também abrindo um ligeiro sorriso. - Os quimeras foram criados a partir das lágrimas da lua.
  Jael o olhou friamente.
- O Ruína das Feras cuspindo mitos das feras. Você conversa com os monstros antes de matá-los?
- Devemos conhecer nossos inimigos.
- Sim. Devemos." - ( Jael e Akiva) - Pág. 173


" Você só precisa começar, Lir. compaixão gera compaixão, assim como sangue gera sangue. Não podemos esperar que o mundo seja melhor do que aquilo que o fazemos ser." - Pág. 192


 " O silêncio se estendeu, e por um instante ela achou que Zuzana fosse deixar aquela passar; já estava até aliviada. Não queria falar de Akiva. Não queria pensar nele. Deus do céu, queria nunca tê-lo conhecido, queria poder voltar no tempo até aquele dia em Bullfinch e seguir para outro lado no campo de batalha enquanto ele se esvaía em sangue na areia até morrer." - Pág. 221


" Como ela podia não odiar o fantasma daquela garota que não estava nem viva nem morta, não era humana nem quimera - mas o que diabos ela era, afinal? Aquilo era tão diferente de tudo, tão profundamente anormal, e...Liraz sabia que no fundo sentia ciúme, e odiava isso. Akiva era dela." - Pág. 256


" E quando seus olhos se encontraram, foi isso que Akiva viu: não a saudade, mas um brilho repentino e violento de ódio. Não percebeu que aquele ódio era voltado para ela mesma, e sentiu-se em desalento. Desviou o olhar subitamente, só então dando-se conta - tolo - de que ainda nutria esperanças. De quê? Não de que Karou fosse ficar feliz em vê-lo - não era tão tolo assim -, mas de que talvez ele pudesse ter um rápido vislumbre, um sinal, de que restara nela algo do ódio.
  Mas essa esperança se desfez, deixando-o vazio, e quando ele recuperou a voz e conseguiu responder, também soou vazio. Ferido e seco." - Pág. 268


" O tremor tomou conta de sua voz, e Issa puxou uma das mãos para levar à boca. Karou ainda segurava sua mão, e gostaria de poder fazer mais. Nada faz alguém se sentir tão inútil quanto a dor de outra pessoa." - Pág. 303


" - O fim estava próximo de qualquer forma. Talvez viesse em um ano ou em cem, mas estava próximo. Quanto tempo uma guerra pode durar?
- Isso é uma charada? Quanto tempo uma guerra pode durar?
- Não, Karou. A charada é: como uma guerra pode terminar? Aniquilação é uma forma. Foi a escolhida por Joram. Ele fez isso, não você. Você sonhou com uma forma diferente. Akiva também. Vocês dois tiveram a capacidade de não odiar. A ousadia de amar. Você entende que presente incrível isso é?
- Um presente? - Karou sentiu-se sufocar. - Uma facada nas costas, isso sim! - Zuzana se mexeu na cama, e Karou abaixou a voz. - Foi uma ilusão. Uma loucura. Aquilo não era amor. Era estupidez...
- Foi corajoso - rebateu Issa. - Foi raro. Era amor, e foi lindo." (Issa para Karou) - Pág. 305


" Por um instante - ainda que apenas por um instante - parecia que a culpa era toda de Thiago, e não dela. Ela acreditara, na época, que eles tinham o Destino ao seu lado, mas o Lobo intimidara o destino, dobrara-o sua submissão, e aquele era o resultado." - Pág. 305


" Aconteça o que acontecer - dissera-lhe ele em Marrakech, pouco antes de partirem o osso da sorte - , preciso que você se lembre de que eu a amo.
  Ela prometera - ofegante, incapaz no momento de imaginar uma realidade em que desejaria não se lembrar disso. E mantivera a promessa, contra sua vontade: pois queria esquecer. Mas a certeza veio rápido: Akiva a amava. Não a magoaria. Ela sabia disso." - Pág. 307


" Ziri nunca tinha ouvido falar de nada parecido com aquela história da trilha de mapas do tesouro. Exceto talvez pela história do anjo que entrara disfarçado na cidade do inimigo para dançar com sua amada." - Pág. 328


" Diziam que ele tinha sorte. Ziri Sortudo. Por ainda ter seu corpo original? Era algo que nenhum dos outros tinha, então ele não argumentava se queriam chamá-lo de sortudo, mas nunca se sentira um cara de sorte, crescendo sem seu povo, sem vida senão a guerra, e sentia-se até menos sortudo agora que a guerra tinha acabado - o que quer que isso significasse, uma vez que a matança continuava.
  Então ele pensou nos gritos daqueles à beira da morte, na fumaça dos corpos, e ficou envergonhado por questionar a própria sorte. Ele estava vivo; não podia achar que aquilo não era nada, e ele não ficava vivo para sempre." - Pág. 330


" Agora, fora da bolha daquele amor tolo, Karou via como o sonho dos dois teria se tornado amargo se houvessem tido a chance de tentar concretizá-lo; teria se manchado, sujado. Aquelas marcas nunca se apagariam. Teriam existido para sempre - entre ela e Akiva, quimeras e serafins -, assim como os hamsás. Eles não podiam nem se tocar direito. Pensar que haviam acreditado ser possível unir dois pares de mãos assim fazia o sonho parecer mais louco do que nunca. E no entanto... a única esperança é a esperança. As palavras de Brimstone, na época e agora de volta, relembradas por Issa." - Pág. 355


" Não importa o que aconteça comigo, disse a si mesma. Sou uma em bilhões. Sou poeira estelar reunida transitoriamente em uma forma. Serei dispersa. A poeira estelar vai se transformar em outras coisas algum dia, e estarei livre. Como Brimstone está." - Pág. 400


" Corpos são só pesos mortos - todos nós somos apenas receptáculos -, mas saber isso era uma coisa; deixar um corpo para trás era outra. Karou entendia isso muito bem. São os corpos que nos tornam reais. O que é uma alma sem olhos para se olhar, ou sem mãos para segurar? Ela fechou os punhos para fazê-los parar de tremer." - Pág. 407























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