Autor: Diana Wynner Jones Editora: Galera Páginas: 368 Avaliação:
Sophie é uma jovem que trabalha na chapelaria de sua família, quando em determinado dia a Bruxa das Terras Desoladas faz uma visita e a amaldiçoa, a transformando em uma senhora de 90 anos. Sem saber os motivos que levaram a bruxa a fazer tal feito e sem saber como reverter a situação, Sophie sai sem rumo e acaba parando em um fantástico castelo comandado pelo Mago Howl, que tem a reputação de devorar o coração das moças do povoado. Porém, isso não assusta Sophie, que passa a trabalhar para o mago, promovendo uma grande mudança na vida de Howl, Michael (seu aprendiz) e Calcifer (o demônio do fogo) responsável pela magia do local.
Eu não assisti a animação, esse foi o meu primeiro contato com a história. Quando a editora Galera lançou o box do Castelo Animado, eu gostei muito, já adquiri o meu, e como minhas últimas leituras estavam sendo um pouco pesadas, decidi iniciar essa história como um respiro, acreditando ser um livro alegre, divertido e foi uma excelente escolha.
O livro tem toda uma atmosfera de magia, onde todos os personagens estão ligados de alguma maneira com algo fantástico, tornando a leitura prazerosa para os amantes de fantasia. Eu li muito rápido os primeiros capítulos e apesar de ser um livro infanto-juvenil com elementos que atraem mais o público infantil, toda a narrativa é muito bem elaborada, com personagens cativantes que fazem a gente quer saber o que vai acontecer até as páginas finais.
De início a preocupação de Sophie é se suas irmãs a reconheceram após a maldição e como ela pode quebrar esse feitiço, mas a medida que ela fica no castelo animado, mesmo que ainda tenha isso em mente, ela passa a se preocupar também com o mago, vendo ele com olhos diferentes e percebendo que apesar dos boatos, ele tem um bom coração. Sua interação com os outros membros do castelo e com os demais personagens que vão aparecendo na trama também ganham destaque, proporcionando momentos divertidos e alguns de tensão.
A medida que as páginas avançam, descobrimos os motivos que levaram a bruxa a amaldiçoar Sophie, como o mago também teme a bruxa por conta de uma maldição e como todos os personagens da narrativa acabam tendo suas histórias entrelaçadas devido a tudo que aconteceu e continua acontecendo por conta da magia que os atingiu de diferentes formas.
Esse livro atende tanto o público infantil quanto o adulto, por trazer elementos de magia, com uma narrativa dinâmica, com momentos felizes e também dramáticos. Com uma escrita divertida e envolvente, que prende o leitor graças aos seus personagens carismáticos.
Minha única observação é que o livro não segue o mesmo ritmo até o final. Ele tem alguns momentos que acabam sendo mais envolventes que outros. Então, eu comecei a leitura de maneira bem fluída, mas por conta dessa alternância entre pontos de impacto e acréscimos de informações, fez com que meu ritmo diminuísse, até o ponto que me acostumei com esse padrão e voltei a ler rapidamente.
Acredito que o Castelo Animado é um ótimo livro para quem está saindo de uma ressaca literária, ou está lendo muitos livros com assuntos pesados, e também para quem é um amante de fantasia já que o livro está recheado de magia do início ao fim.
Autor: Bryan Lee O'Malley Editora: Quadrinhos e Cia Páginas: 336 Avaliação:
Repeteco, também conhecido como Seconds (seu título original) conta a história de Katie, uma jovem chefe de cozinha que abriu um restaurante com seus amigos no passado, mas com os anos todos seguiram suas vidas e ela continuou vivendo em um quartinho no restaurante Repeteco. Atualmente, ela não trabalha mais no local, porém todos ainda a chamam de chefe por conta de toda a dedicação do seu passado pelo lugar.
Katie está em um momento de transição, querendo mudar algumas coisas por se sentir insatisfeita com sua realidade, procurando novos caminhos. Ela terminou recentemente com seu namorado alguém que ela ainda gosta muito, mas que não sabe como concertar a situação. Ela tem um sócio que está a ajudando abrir um restaurante, mas que vive ausente deixando os problemas em suas mãos e para completar ela vive alfinetado o novo chefe de cozinha do Repeteco, mas, por trás disso eles tem um caso secreto.
Essa bagunça em sua vida, acaba afetando seu comportamento, ampliando seu jeito sarcástico em se posicionar em relação a algumas coisas, por vezes ela é arrogante com algumas pessoas, desrespeitando o espaço de trabalho, se sentindo muito superior, tomando algumas atitudes que fazem alguns naturalmente se afastarem, e Katie não consegue enxerga que ela provocou tal situação.
A história tem um ponto de virada interessante com um fator sobrenatural, quando a Katie começa a ver uma garota de cabelos claros acima da sua cômoda, que na verdade é um espírito do lar, do Repeteco, que a reconhece como dona do local e por isso só a Katie a enxerga.
Para que as coisas não saiam ainda mais do controle, Katie precisa estar em harmonia com o espírito de Lis. Porém ao descobrir uma caderneta na cômoda do seu quarto, com algumas regras aonde escreve seu erro, come um cogumelo, dorme e acorda renovada, seu dia é reiniciado sem falhas dando uma nova chance de escrever seu futuro e causando ainda mais conflitos em sua linha temporal.
O mais legal desse quadrinho é que ele mostra que tudo na vida acontece por uma razão, trazendo algum aprendizado e muitas vezes tentar concertar um erro, sem admitir que o cometeu, não é a melhor maneira de recomeçar. Katie tem inúmeras chances de mudar o destino, quando ela descobre uma outra fonte dos cogumelos no restaurante, mas as suas decisões não estão agradando a Lis.
Fica claro durante a narrativa que a Katie aprende uma boa lição com tudo que faz, que ela tem um amadurecimento pessoal muito grande, de olhar para si mesma, se autoconhecer e lidar melhor com suas angustias e sentimentos. Ela é uma pessoa que tem dificuldade de compartilhar suas frustrações, e a medida que as páginas avançam, a amizade que Katie constrói com Hazel mostra sua evolução.
Porém de início ela faz essas mudanças temporais de maneira impulsa, parecendo até mesmo egoísta, olhando apenas para o que ela precisa e não observando como suas atitudes modificam todo seu redor.
Eu gostei bastante desse quadrinho, que envolve por sua narrativa divertida, emocionante e até drástica em alguns pontos, falando sobre autoconhecimento, a importância de tomar decisões avaliando os riscos, acrescentando o fator fantasia de uma forma muito bem elaborada, além de ter um traço lindo, cheio de cores que conseguem transmitir as diversas sensações e sentimentos dos personagens.
Hoje eu vou falar as minha opiniões, algumas curiosidades e teorias sobre a série Round 6, também conhecida como Squid Game, e caso você ainda não tenha assistido a série, este vídeo contém spoilers.
Round 6 ou Squid Game é uma série sul-coreana que estreou na Netflix no dia 17 de Setembro de 2021, contém 9 episódios, com duração de 32 a 63 minutos. Por mais que os episódios pareçam longos, após assistir o primeiro episódio é impossível não maratonar. E diferente de alguns doramas da plataforma, ele contém dublagem em português.
Na trama, o protagonista Seong Gi-Hun é um homem que mora na Coreia do sul com sua mãe idosa e diabética que precisa fazer urgentemente uma cirurgia, ele tem muitos problemas financeiros, é divorciado, e está prestes a perder o contato com sua filha, pois a mãe quer levá-la para outro país. Além disso ele é viciado em aposta de corrida de cavalo e deve muito dinheiro a um agiota.
Sentindo-se sem saída, em determinado dia na estação de metrô, um homem misterioso faz uma proposta para ele jogar um jogo aparentemente inocente para ganhar dinheiro. Após algumas tentativas, ele ganha o valor prometido, e o homem dá um cartão a Gi-Hun, o convidando para um desafio maior, sem oferecer muitos detalhes, mas com a promessa que ele poderá ganhar muito dinheiro, jogando alguns joguinhos.
Ao aceitar o desafio, tornando-se o jogador 456, Gi-Hun descobre que assim como ele, outras pessoas com igual dificuldade financeira e desesperadas para mudar essa situação, aceitaram participar jogo, ficando presas após assinar um contrato para cumprirem as seis etapas fatais.
Eu acredito que o grande sucesso da série se deve as narrativas paralelas criadas para prender a atenção do telespectador. A série contém um cenário colorido, com cores vibrantes e brincadeiras de criança que trazem uma sensação de nostalgia ao lembrar da infância, sugerindo algo satisfatório e feliz, mas que na verdade esconde jogos sangrentos e mortais.
O mesmo acontece sobre a questão do livre arbítrio. Apesar de as pessoas terem sido recrutadas para o jogo, todos receberam um cartão onde a decisão de participar cabe a cada um. Após entrar no jogo e assinar o contrato, ficamos com a sensação que todos estão presos numa armadilha, porém vale lembrar que todos concordaram estar ali e a única maneira de parar o jogo, é a maioria concordar com isso.
É fácil se afeiçoar aos participantes, porque cada um tem suas dores, problemas e dificuldades que estão presentes na vida real de muitas pessoas, e esses fatos acabam fazendo eles se arriscarem e a cada eliminatória é impactante ver que ela custa a vida de alguém. E essa sensação de desconforto não para por aí, pois no último episódio descobrirmos que o jogo foi criado porque pessoas ricas se sentiam entediadas e acharam divertido brincar com a vida dos menos favorecidos.
Então essa construção de diferentes fatos que se unem por um ponto em comum, certamente é que deixa tudo mais intrigante e angustiante ao longo dos episódios.
E se você está acostumado a assistir séries asiáticas, sabe que a maioria delas são feitas para ter uma temporada, com um número fechado de episódio, com um final amarradinho, sem muitas lacunas abertas, mas esse pode não ser é o caso de Round 6. Apesar de a série responder a maioria dos seus enigmas, muitas pontas ficaram soltas sugerindo uma possível segunda temporada. Além de ter se tornando um fenômeno mundial.
Então bora ressaltar alguns pontos interessantes da série e falar sobre algumas teorias para essas pontas que ficaram soltas.
Logo no início da trama quando o recrutador do jogo chega em Gi-Hun na estação de metrô, ele pede para que Gi-Hun escolha entre um cartão azul e um vermelho. Gi-Hun escolhe o azul. Já dentro do jogo, vemos que existem dois lados manipulados. Os jogadores com uniformes verdes que competem as etapas mortais e os ajudantes mascarados de uniformes vermelhos, que são obrigados a seguirem regras e ver a crueldade das etapas em silêncio. Será que a escolha do cartão na verdade era uma etapa bônus para decidir de qual lado do jogo a pessoa ficaria? Será?
Falando de cenas, algo que gostei bastante foi a conexão entre a primeira cena em preto o branco dos amigos Gi-Hun e Sang-Woo brincando quando criança o jogo da lula (jogo conhecido da Coreia) e a última cena do desafio com os dois personagens agora adultos, disputando o jogo lula para ganhar a etapa final. Apesar de a ambientação ser a mesma da etapa 1 da batatinha 1,2,3, agora a chuva faz a cena ganhar tons cinzentos que remetem a lembrança da infância deles, dando um tom de melancolia para o último momento dos amigos juntos em seu duelo final.
O próximo fato, eu tenho certeza que você vai voltar lá na Netflix no episódio 2, para conferir o que eu to falando. Você reparou que cada personagem principal teve sua morte, bem similar, a sua situação de desespero antes de entrar no jogo?
• O melhor amigo de infância do protagonista, o Sang-Woo, aparece sem esperanças, dentro de uma banheira sugerindo que possivelmente colocaria fim a sua vida, quando a campainha toca e ele recebe o cartão do jogo. Na eliminatória, Sang-Woo se mata na última etapa do jogo tornando Gi-Hun o vencedor.
• Outra finalista, a Kang Sae-Byeok chega ao seu limite quando um homem que deve dinheiro a ela, e não quer pagá-la. Então ela ameaça cortar a garganta do homem. Na penúltima fase do jogo Kang Sae-Byeok morre após Sang-Woo cortar a sua garganta.
• Outro personagem que eu fiquei muito triste quando morreu foi o paquistanês Abdul Ali. Antes de entrar no jogo, desesperado devido as condições precárias que vive com sua família, ele vai até a fábrica que trabalha para exigir seus pagamentos atrasados. Logo a situação sai do controle, quando ele rouba um envelope cheio de dinheiro de cima da mesa do chefe. Na eliminatória da bolinha de gude, Abdul Ali morre ao ser enganado por Sang-Woo que roubou todas as suas bolinhas de gude, após ele ter ganhando a etapa de maneira honesta.
• O gânster Jang Deok-Su também está dentro desses fatos curiosos. Ao dever uma grande quantia para criminosos, desesperado ele pula de uma ponte para salvar a própria vida. Já no jogo, durante a eliminatória da ponte da ponte de cristal, com medo de seguir o desafio, a jogadora Han Mi-Nyeo cumpre sua promessa que o mataria caso ele a traísse, o abraçando e fazendo ambos morrerem na queda na ponte de vidro.
• E até o jogador 001, o senhor que teve sua morte forjada, já que ele era o criador do jogo e devido ao seu estado de saúde por conta do tumor cerebral, precisava sair do desafio sem levantar suspeitas, teve seu momento. Antes de participarem na eliminatória na bolinha de gude, os jogadores chegam a conclusão que quem sobrasse iria morrer, pois precisam fazer duplas e estavam em 39 participantes. Devido a sua idade, ninguém queria fazer dupla com ele, mas Gi-Hun o escolhe. Já na eliminatória sua suposta morte acontece quando 001 entrega sua última bolinha de gude a Gi-Hun. E mais uma vez, ele foi a última pessoa que havia sobrado no jogo dentro no labirinto de casas.
Então será que tudo isso foi coincidência, lei do retorno, castigo ou destino? A dúvida fica no ar após essas estranhas conexões.
Outro fato que parece aleatório, mas que não passa despercebido na série é quando o jogador 119 exige que um dos mascarados de vermelho tire a máscara no episódio 3. Após ver o rosto do rapaz, o jogador 119 fica intrigado com fato de ele ser muito jovem e de como ele teria parado naquele lugar. Vale lembrar que alguns dos mascarados estavam fazendo tráfego de órgãos durante a competição. Então será o sequestro infantil poderá ser um tema abordado em uma possível segunda temporada? Eu acredito que sim.
E falando de fatos curiosos, você reparou que no episódio 8, após a eliminatória da ponte de cristal, quando os três finalistas voltam para o quarto do confinamento, é possível ver os desenhos das 6 etapas em ordem na parede? Isso mesmo, os desenhos de cada etapa está vísivel, o que me fez questinar se Sang-Woo como bom observador teria reparado nesse detalhe, e por isso o seu bom desempenho e foco dos jogos, será que ele viu?
E uma teoria que está circulando na internet e que faz sentido é que o senhor 001 seria o pai de Gi-Hun. Isso porque em vários momentos, ao citar o seu passado os fatos relatados por 001 se conectam com a história de Gi-Hun. Se isso se confirmar em uma segunda temporada, poderia criar uma ligação com a história do policial Hwang Jun-ho que invadiu o jogo nesta temporada, se passado por um dos guardas de vermelho.
O policial ganhou destaque na trama, porque enquanto as eliminatórias aconteciam, ele se infiltrou na ilha deserta que acontece o jogo após seguir a van que pegou Gi-Hun, e fez o possível para descobrir pistas sobre seu irmão desaparecido, que recebeu um cartão igual dos participantes para entrar nos jogos. No episódio 8, Hwang Jun-ho descobre que seu irmão foi um dos vencedores em uma edição anterior e ele é o líder do jogo. Após sua fuga da ilha, seu irmão lhe dá um tiro no ombro, e tudo leva a crer que ele teria morrido ao cair no mar.
Eu acho que isso não é uma coincidência, eu acredito que o policial esteja vivo e após Gi-Hun ver o recruta um ano depois fazendo sua nova vítima no metrô, e que o jogo continua (mesmo depois da morte do criador), esses dois personagens poderiam se aliar para destruir o game mortal que arruinou suas vidas.
Bom leitores, essas foram as minha opiniões sobre Round 6. Você assistiu a série? Gostou? Tem alguma teoria para o futuro dela? Então deixa um comentários e diz o que você achou! Eu espero que você tenha gostado, até a próxima.
Hoje eu vou falar sobre o lakorn Oh my boss. E para você que está se perguntando o que é um lakorn, assim como as séries asiáticas, são chamadas de doramas, lakorn é o nome que se dá para as séries de tv, dramas originais da Tailândia.
Oh my Boss é uma série original da GMMTV, que estreou dia 19 de maio de 2021, possui 14 episódios com duração de 40 a 45 minutos.
Na trama a protagonista Noom Nim consegue um emprego como tradutora na empresa japonesa Viper X e decide comemorar com seus amigos em um bar, onde conhece um belo rapaz, e após algumas reviravoltas durante a noite, eles acabam se beijado. Ele deixa seu cartão com Noom Nim e pede para que ela ligue, mas ela perde esse cartão. E ao chegar no seu trabalho, ela descobre que seu novo e lindo chefe o Sr. Koji é o rapaz que ela beijou.
Os dias vão passando e ao perceber as injustiças que Noom Nim está sofrendo no seu setor, Koji decide torná-la sua secretária. A primeiro momento parece que ele não se lembra do beijo com Noom Nim, mas a medida que a interação dos dois aumenta, a atração e os sentimentos aparecem na trama.
A Noom Nim é uma personagem meiga, romântica, sensível e durante os episódios é fácil confundir esse seu comportamento com ingenuidade, mas a jovem está longe disso, pois ela é uma mulher inteligente que sabe o que quer. Noom Nim prefere seguir o seu coração e fazer as coisas do seu jeito, muitas vezes fugindo de conflitos e preferindo perdoar caso necessário.
Como a série é na perspectiva da Noom Nim que sonha com o príncipe encatado, vendo o mundo um pouco com de rosa (a série até coloca algumas referências sobre isso, o que é bacana), a gente fica com a sensação que o Koji é o homem perfeito, lindo, chefe de uma grande empresa internacional, que fala vários idiomas, sedutor e misterioso, utilizando o seu charme sempre que possível, sendo um homem sem falhas. O ator que interpreta o Koji, consegue transmitir todas essas características muito bem, o que reforça essa imagem que a Noom Nim tem dele. Porém, logo descobrimos que Koji tem um segredo.
Essa relação secreta entre chefe e secretaria vai evoluindo ao longo dos episódios, dando indícios do possível romance, com cenas fofas, divertidas e clichês. Há também algumas cenas de ciúmes, já que com aparecimento de Mark, um dos principais clientes empresa, que faz o possível para desagradar Koji, percebe os sentimentos deles e usa isso a seu favor, irritando muitas vezes Koji, ao mostrar interesse em Noom Nim.
Um ponto alto da série é quando a chefe maioritária da Viper X aparece, a senhorita Rena. Ela traz um novo ar para a série, pois com a sua chegada, o Koji se sente ameaçado, porque a Rena sabe tudo a seu respeito, incluído seus sentimentos por Noom Nim e não está disposta a abrir mão do acordo secreto que possui com ele por conta da secretaria.
A senhorita Rena salva a drama da mocinha, e desfaz a imagem de perfeição de Koji, porque sem sua armação provavelmente Koji não assumiria seus erros, continuaria de maneira secreta com Noom Nim, sem assumir que se envergonha pela forma como utilizou a atração e amor que Rena para chegar aonde conseguiu em sua carreira, sem se importar com as consequências ao dar esperanças para ela, com outras intenções.
Eu gosto de séries clichês, divertidas e românticas, que tenham uma reconstrução na personalidade de seus personagens, e Oh my boss tem esses elementos. Nos dois últimos episódios vemos a quebra do personagem do Koji, pedindo perdão para Rena por tudo que ele a causou, pedindo perdão a Noom Nim por fazê-la acreditar em suas meias-verdades, e prometendo que daquele momento em diante não haverá segredos entre os dois.
Koji se arrepende profundamente por ter sido alguém que no passado só usava seus artifícios de maneira vazia para conseguir o que queria e após a chegada de Noom Nim, ele compreende que a jovem mudou seu modo de pensar e agir por conta do amor que o fez sentir.
Então se você gosta de séries românticas, clichês, com reviravoltas e vilões que acabam se tornado queridinhos, Oh my boss é um ótimo larkorn para assistir.
Hoje eu vou falar as minhas opiniões sobre a série Panic adaptação do livro de Lauren Oliver também com o mesmo nome, que já tem resenha aqui no canal.
Como farei comparações sobre livro e a série, este vídeo contém spoiler.
Panic é uma série da Amazon prime video, e sua 1° temporada foi lançada em Maio de 2021, contém 10 episódios de 40 a 48 minutos. Em uma cidade pequena chamada Carp, sem muitas oportunidade de crescimento, um jogo nomeado Pânico é conhecido entre os recém-formados do ensino médio como uma chance de ganhar dinheiro e sair da cidade para um futuro melhor. O jogo possui dois juízes ocultos que elaboram os desafios e consiste em etapas perigosas e ilegais, que já terminaram em mortes e acidentes graves.
No livro a narrativa é alternada entre Heather e Dodge, dois dos participantes, determinados a vencer o jogo e ganhar o prêmio de mais de 50 mil dólares. Já na série esse protagonismo é compartilhado com outros personagens importantes como: Nat, Bishop e Ray.
A série começa de uma maneira diferente, a polícia já tem conhecimento do jogo, algo que não acontece de imediato no livro. A polícia só descobre sobre o pânico depois da primeira morte relacionada ao jogo e na série duas mortes já aconteceram, uma delas do filho do delegado da cidade, que foi um acrescimento interessante para história. Então neste novo contexto, todo o departamento está focado em acabar com o pânico.
Algo muito positivo da série foi o desenvolvimento dos seus personagens, acrescentando fatos relevantes, melhorando alguns pontos do livro. O melhor exemplo disso, foi o desenvolvimento do personagem de Ray, no livro ele aparece em poucos momentos, sendo mencionado com mais frequência por Dodge devido as consequências do jogo passado que atingiu diretamente sua irmã.
Uma das perguntas que mais recebi quando fiz a resenha de Pânico, foi se Ray ficava com a Heather no final do livro, e a resposta é não. Porque no livro Ray não é um personagem que se destaca, e o único de momento de impacto dele é no duelo final com Heather. Então, esse novo enredo do Ray na adaptação, surpreendeu e trouxe mais dinâmica, conflitos, sendo um bom acréscimo para a série.
Outro ponto melhorado na série comparado ao livro, é que a Heather tem um propósito, uma motivação significativa para participar do jogo desde do início e não está apenas tentando provar que é corajosa para um ex-namorado. No livro Heather entra no Pânico pelos motivos errados, mas acaba adquirindo ao longo do jogo motivações reais para lutar, motivações essas que foram colocadas no começo da série, de forma direta, descartando totalmente esse enredo do ex-namorado.
Uma personagem que eu não gostei muito do livro, foi a Nat e quando assisti a série pensei que a história iria se repetir, mas devo admitir que gostei bastante de como o papel dela foi trabalhando da série, utilizando esse jeito conveniente que ela tem, sempre atenta aos detalhes, estando nos lugares certos para descobrir as coisas, para um propósito já que descobrimos que ela é um dos juízes, e não por mera curiosidade como no livro, sendo por diversas vezes chata e parecendo que seu medo não era algo real.
Um personagem que perde um pouco da sua essência na série comparado ao livro é Bishop. Com o novo enredo de Ray direcionado a Heather, todo o carinho e amor apresentados pelo melhor amigo da jovem fica em segundo plano na série. No livro, Bishop e Heather são apaixonados um pelo outro e ambos tem medo de estragar a amizade que construíram por anos. O sentimento dele é forte, e Bishop protege Heather várias vezes antes que ela descubra que ele é um dos juízes do Pânico. Admito que durante a leitura torci para que eles ficassem juntos em algum momento. Mas na série, Heather fica muito melhor ao lado de Ray.
Referente ao Dodge, seu enredo também foi levemente modificado na série, diminuindo o ódio de sua vingança. Eu estava bem curiosa para conferir como seria a adaptação do Dodge, porque ele foi um dos meus personagens favoritos no livro, por apresentar um propósito desde o início do jogo, diferente da Heather que precisou passar por algumas situações para encontrar um objetivo.
No livro, Dayna (irmã do Dodge) participou do Pânico e acabou ficando paraplégica após seu duelo final com Luke (irmão de Ray). Neste contexto, a vingança do Dodge não está focada em acabar com o jogo e sim, atingir Ray de alguma forma para que Luke possa sentir, o que ele sentiu quando soube que a irmã nunca mais andaria. Essa intensidade, esse ódio, faz com que ele pense até em matar o Ray no duelo final, sendo impedido por Nat e Luke.
Já na série, Dayna não participou do jogo, ela foi atingida por um carro em alta velocidade, que por coincidência foi no período do Pânico, fazendo Dodge acreditar que o responsável foi Luke, e assim fazendo um acordo com o delegado para prendê-lo e destruir os jogos.
Um ponto positivo do personagem do Dodge na série, é que ele não é fascinado pela Nat como no livro, o que por vezes tornou a leitura cansativa. Na série ele está focado em ajudar a pegar o Luke, ter o maior desempenho nas provas e mesmo que ainda se envolva com Nat, eles tem uma relação mais natural, sem parecer que o Dodge está obcecado pela jovem.
De modo geral, a série conseguiu elevar a narrativa do livro com seus novos elementos, como os sinais e códigos para os participantes descobrirem onde serão os jogos. Melhorando vários aspectos, deixando a trama mais empolgante, viciante e com um final cheio de mistério que deixou uma lacuna aberta para uma possível segunda temporada, diferente do livro com seu final amarradinho, deixando a continuação por conta da imaginação do leitor.
A adaptação mostrou que o Pânico deixa suas marcas e que uma vez no jogo, as consequências de ter participado, continuaram a te perseguir. Enfim, a série tem tudo para ter uma segunda temporada, e eu espero que isso aconteça.
Como vou falar de maneira detalhada sobre a série, este texto contém Spoilers.
A bela e a fera é uma série da The CW television network (CW Tv), e sua 4ª e última temporada foi ao ar em Junho de 2016, contendo 13 episódios de 40 a 42 minutos.
Caso você ainda não tenha visto, aqui no canal tem três vídeos que eu falo as minha opiniões sobre a 1°, 2° e 3° temporada, então se você quiser conferir os links estão aqui na descrição.
Como eu disse anteriormente, o enredo dessa 4° e última temporada era um mistério para mim, pois aparentemente todos os problemas foram resolvidos no final da 3° temporada com Vicent e Catherine se casando em clima de comemoração. Mas, dividir seu segredo sobre ser uma fera com agentes da segurança nacional, teria um preço caro e nesta temporada este é o assunto explorado.
Ter uma vida de casal com uma rotina normal não é só difícil, mas praticamente impossível para Vicent e Catherine. Sempre que a paz parece reinar, logo o caos e o perigo surgem modificando tudo. A ameaça agora, são os meios de comunicação e a mídia, que após a morte do agente Russo que protegia Vicent, acredita que a segurança nacional está escondendo um grande segredo da população. O que é uma verdade, já que mesmo que Muirfield tenha sido destruída, esse assunto ainda é confidencial.
Para piorar a situação, um blog começa a divulgar conteúdos sobre feras e super humanos, mencionando que alguém está oferecendo uma grande recompensa para quem capturar a fera. Deixando Vicent, Catherine, Tess, JT e Heather sem tempo de obter mais respostas, agora que Vicent se tornou um grande alvo. Na esperança de ter mais informações, Catherine recebe uma proposta para ser agente da segurança nacional e ela aceita.
As coisas começam a sair totalmente do controle quando Vicent mata o vice secretário da segurança nacional Hill, em legítima defesa, que fez uma armadilha para que seus companheiros de trabalho acreditem que Vicent busca vingança contra o governo por conta do projeto da Muirfield de transformar pessoas em super soldados.
Ao virar novamente um fugitivo, ele descobre que uma empresa chamada Graydal Corporation foi contratada para capturar e também matar a fera. Braxton, o chefe da corporação faz Vicent, Catherine, e todos acreditarem que há outra fera. Mas na verdade não há. Ele arma para Vicent ser condenado pelos crimes e parecer ser um terrorista, fazendo a segurança nacional ficar contra ele.
Minha nota para essa 4° temporada é 8. Acredito que a série conseguiu encerrar bem o ciclo que foi construído ao longo dos anos, trazendo um conjuto de fatores que possibilita seu telespectador lembrar de momentos significativos de “A bela e a fera”. E o melhor exemplo disso foi o episódio 4x05 “It’s a Wonderful Beast (Uma fera Maravilhosa)” que Vicent está encurralado, ferido e começa a alucinar. Esse episódio mostra como seria a vida de Catherine sem Vicent, sendo um importante paralelo de reflexão de que a bela e a fera estão predestinados a salvar um ao outro em qualquer situação.
Eu não esperava pelo final que foi entregue nesta 4° temporada, mas não poderia se diferente já que Catherine e Vicent tem uma história de amor incomum e se acabasse sem cumplicidade, drama e ação não seria algo satisfatório para história dos dois.
Eles lutam até o final pelo amor um do outro, e considerando que Vicent sempre será considerado uma arma biológica, e essa temporada deixa isso bem claro, quando Tess revela que a segurança nacional não ajudará Vicent e o condenará de qualquer forma, então, a única maneira de Catherine e Vicent ficarem juntos é fugir enquanto estiverem vivos. Mesmo que para isso, o grande sacrifício seja enterrar suas identidade, assumindo novas como Isabelle e Adam, em outro país.
Referente aos outros personagem importantes dessa série, como não poderia ser diferente Tess e JT Forbes encontram uma maneira de se reconectar e Heather enfim encontra um amor para sua vida, Caio, que promete proteger, amar e cuidar de Heather.
Bom leitores, eu vou ficando por aqui. Um grande beijo e até a próxima.
Como vou falar de maneira detalhada sobre a série, este texto contém Spoilers.
A bela e a fera é uma série da The CW television network (CW Tv), e sua 3ª temporada foi ao ar em Junho de 2015, contendo 13 episódios de 40 a 42 minutos. Sendo finalizada em sua 4ª temporada.
Caso você ainda não tenha visto, aqui no canal tem dois vídeos que eu falo as minha opiniões sobre a 1° e 2° temporada, então se você quiser conferir os links estão aqui na descrição.
De feras para super humanos, assim começa a 3° temporada de “A bela e a fera”. Como disse anteriormante, eu acreditava que nessa temporada haveria uma nova tentativa de equilibrar fantasia e elementos científicos e foi o que aconteceu.
Sem a Muirfield, a nova ameaça são experimentos secretos que estão sendo elaborados para criar super humanos. A grande questão é quem está por trás disso e qual o propósito. Grande parte da temporada Vicent, Chandler, Tess e JT Forbes tentam descobrir uma maneira de encontrar a pessoa que está por trás desses experimentos. Porém quando isso acontece, uma nova caçada se inicia, já que o grande perigo na verdade era Lian, uma fera ancestral que está vivo há uns 200 anos e busca vingança.
Nesta 3°temporada vemos um pouco mais da cumplicidade de Vicent e Catherine, trabalhando nos casos e tentando conciliar suas profissisões de policial e médico, além de darem um novo passo em seu relacionamento, tornando-se noivos e morando juntos. Parece que eles enfim conseguiriam seu conto de fadas, agora que Vicent consegue conter sua fera interior, mas nem tudo sai como esperado, pois ficar tanto tempo juntos, no meio de tantos imprevistos, acaba se tornando um desafio para ambos.
Mesmo com a possibilidade de ter uma vida mais próxima do normal como casal, a detetive Chandler não consegue se conter, e insiste em investigar sobre os super humanos, arrastando Vicent para os conflitos. A cumplicidade de Vicent e Chandler não passa despercebida por seus inimigos, que aprendem que a única maneira de combater o casal em ação é separá-los. Isso abala o casal por um certo período, porém eles sabem que são melhores juntos seja no amor ou para combater os crimes.
JT Forbes é um personagem que ganha mais destaque nessa temporada, pois indiretamente ele acaba sendo uma vítima do soro super humano, e seu DNA é modificado. Além disso sua relação com Tess tem altos e baixos colocando o sentimento deles a prova, agora que Tess consegue ser a capitã de policia, não podendo colaborar totalmente com seus amigos.
Heather também está de volta. A irmã da detetive Chandler tem participação em momentos importantes, tornando-se parte do grupo, compreendendo e ajudando sua irmã e amigos em suas missões.
Minha nota para essa 3° temporada é 7. Eu gostei um pouco menos dessa temporada comparado as outras, porém, mesmo ela sendo mais curta com apenas 13 episódios, a trama consegue entregar as respostas procuradas pelos personagens até o final, trazendo uma nova proposta com os super humanos e mais termos técnicos para explicar os acontecimentos, mesmo com os elementos fantásticos e ancestrais novamente presentes na narrativa.
Porém diferente das temporadas anteriores, com todo caos ocasionado por Lian, Vicent e Catherine tiveram que pedir ajuda a segurança nacional para impedi-lo e a única maneira foi revelar ao agente Russo, o segredo de Vicent sobre se transformar em fera. Mesmo que a população não saiba sobre Vicent, agora alguns integrantes da segurança nacional sabem sobre a fera, o que certamente terá um impacto da próxima temporada. Quando Vicent enfim consegue deter Lian, o agente Russo faz um acordo com o casal, e consegue transferir os crimes de Vicent, para Lian, mas deixa claro que caso ocorra outros crimes que tenham ligação com algo sobrenatural, não sabem se conseguiram proteger Vicent.
Apesar de ser a penúltima temporada, ela termina em clima de encerramento, com JT, Tess, Heather, reunidos, comemorando o casamento de Vicent e Catherine. O que vem a seguir na quarta e última temporada é um mistério, já que todas as pontas parecem ter sido amarradas e casos solucionados, com Vicent e Catherine encontrando seu final feliz.
Bom leitores, eu vou ficando por aqui. Em breve eu volto para dar minha opiniões sobre a 4° temporada.Um grande beijo e até a próxima.