Atenção o conteúdo abaixo contém spoilers.
1° Temporada
Minha nota para essa série é 8,5. Eu gostei dessa primeira temporada, porque a série conseguiu equilibrar muito bem a leveza e o drama com a intensidade e seriedade exigida em alguns momentos. Mostrando todos os sacrifícios, os desafios, e a pesada rotina de treinos para que os patinadores alcancem seus objetivos.
O fato de Kat ter herdado a bipolaridade da mãe, a faz questionar quase a todo instante se ela terá o mesmo destino de Carol (January Jones), e se um dia precisará abandonar a patinação. E nestas cenas, vemos mãe e filha em conflito por se espelharem uma na outra. Essas duas atrizes, conseguem transmitir sentimentos de uma maneira muito forte e intensa, proporcionando ao telespectador momentos poderosos e muito emocionantes. Além disso, Serena, a irmã mais nova de Kat que também está em ascensão no esporte, e não possui a doença, vive em meio ao conflito delas, sem saber em quem confiar, e acaba sendo persuadida por um pedófilo. Apesar de todas as diferenças e lutas das personagens, elas são unidas pelo amor incondicional que possuem, o que é algo bonito de se ver.
Outros personagens que também ganham destaque na série são: Jenn, Dasha, Justin, Marcus, Mitch e Mandy. Jenn (Amanda Khou) ,melhor amiga de Kat, não quer perder sua posição perante as patinadoras mais novas e para esconder uma grave lesão no quadril de sua família que aposta tudo em sua carreira acaba abusando do uso de medicamentos. Marcus (Mitchell Edwards) sofre preconceito racial por ser o único negro em um grupo de esqui. Mitch ( Will Kemp), o treinador de Serena, é um personagem questionável até revelar todo seu lado sensível com Carol. Dasha (Svetlana Efremova) é a melhor treinadora que Kat e Justin poderiam ter, alguém doce e ao mesmo tempo durona. Ela é uma ex medalhista olímpica russa que devido ao preconceito da homossexualidade teve que abandonar alguém importante em sua vida. Mandy (Sarah Wright), a madrasta de Justin, mostra que por trás do seu amor e seu jeito maternal com Kat e Justin, há uma mulher que sofre por ter abandonado uma filha no passado. Vale lembrar, que a Carol,mãe de Kat, deixa claro que a jovem teria a mesma idade de Kat, quem será? E Justin que a primeiro momento parece ser alguém mimado, mas que ao longo da série expõe que no seu interior existe um grande vazio pela perda de sua mãe. Sua parceria com Kat é algo magnético, e fica difícil abandonar a série depois de vê-los juntos. A série também conta com a presença de Johnny Weir, ex-patinador artístico que dá vida ao carismatismo e divertido Gabe. Fala se não é um bom motivo para assistir a série?
A série tem o drama em sua essência, alternando entre a alegria e a dor. “Spin out” não mostra apenas o lado bonito do esporte, aonde os atletas executam suas performances com perfeição. Ela revela um lado sombrio das exigências financeiras, físicas e mentais, trazendo profundidade na história de cada um de seus personagens e intensidade quando há discussões sobre assuntos importantes como: bipolaridade, racismo, homossexualidade, assédio, pedofilia, abuso de medicamentos, automutilação, instabilidade e pressão mental. Eu acredito que “Spin out” tem muito mais para mostrar e ser explorada, e eu estou na torcida! A Netflix ainda não confirmou a 2° temporada, mas eu espero que essa série seja renovada.
Confira vídeo abaixo: